O resultado final da eliminatória é cruel: 6-1. Mas F.C. Porto e Manchester City jogaram para isso. Aos erros de uns somaram-se as ações eficazes dos outros.
No Dragão, aquele golo de Alvaro Pereira anulou uma meia hora de boa qualidade portista e um golo de vantagem.
Em Inglaterra, o erro de Otamendi retirou sentido ao esforço que havia para fazer.
Esta quarta-feira, o F.C. Porto até teve a bola, mas as melhores oportunidades pertenceram ao M. City. Fechada e esperta a sair para o ataque, ao intervalo a equipa de Mancini já podia ganhar por mais (três oportunidades excelentes do M. City). Apesar de alguns remates e cruzamentos de Hulk e de uma posse de bola muito à antiga portuguesa, o 4-0 acaba por fazer sentido. Por muito que isso custe.
O City sabia que o F.C. Porto, sem um ponta-de-lança, teria sempre muitas dificuldades para entrar na área. E jogou com isso e com a qualidade que possui do meio-campo para a frente. Dominou sempre a história da partida. Como quis.
A eliminatória era difícil à partida, mas o F.C. Porto foi responsável por acentuar a distância e a diferença. Não teve dimensão para a Liga dos Campeões e também não teve capacidade para se parecer sequer com uma das melhores equipas da Liga Europa.
Para Vítor Pereira, este foi um F.C. Porto «de grande qualidade». O treinador saiu da Liga Europa com queixas da arbitragem, insinuações sem sentido e a frase que marca: o resultado «é uma mentira». Não podia discordar mais. Não se tratou de uma mentira mas sim de uma verdade dolorosa. E talvez fosse uma boa altura para o treinador a enfrentar. Antes que alguém o faça por ele.
Autor: Luís Sobral
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